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QUANDO ME INVESTI DE CORAGEM PARA SAIR DA ZONA DE CONFORTO: A Despeito do Medo

Introdução da narrativa

Você tem medo de desafios? Tem medo de fazer mudanças? Pois bem, eu também tenho. Quero compartilhar um pouco da minha experiência de vida empreendedora, que começou em 1998. Ao longo destes anos, enfrentei altos e baixos, tomei decisões significativas e fiz mudanças que transformaram minha carreira e vida pessoal. Neste relato, vou guiá-lo através da minha jornada, desde a abertura do meu primeiro consultório até a conquista de um espaço próprio, passando pelas reflexões pessoais e profissionais que me ajudaram a evoluir. Se você está começando uma jornada empreendedora ou considerando uma mudança em sua vida, espero que minha história possa oferecer inspiração e insights valiosos. Espero que leia toda a narrativo. Deixei uma mensagem no final, tá?

Início da Jornada Empreendedora

Sou empreendedora desde 1998.  Comecei com um consultório em estomaterapia, em 2000, mas antes disso, realizava atendimentos a domicílio. Ao longo da jornada da minha empresa, além das atividades clínicas, sempre promovemos cursos e treinamentos através do centro de estudos que criamos.

Uma nova Conquista – a Psicologia

Um marco importante foi a conclusão da minha segunda graduação, em psicologia, que me proporcionou um novo entendimento sobre mim mesma e o mundo ao meu redor. Durante o curso, iniciei terapia, que foi essencial para meu autoconhecimento. A partir de julho de 2015, conciliei as práticas clínicas de estomaterapia e psicologia na Capote Valente, em salas distintas.

Reformas e Reflexões

Em 2016, já atuando sozinha, decidi fazer uma grande mudança em minha clínica. Embora as áreas de enfermagem e psicologia já estivessem separadas, realizei uma reforma significativa para aprimorar os ambientes. Naquela época, eu estava entrando nos meus 50 anos. Nos anos seguintes, comecei a refletir sobre o tempo gasto indo e vindo do trabalho. Era cerca de uma hora para ir e outra para voltar, quando o trânsito não estava ruim. Como sou autônoma, planejo trabalhar a vida toda. Logo, seria difícil lidar diariamente com o trânsito da Raposo Tavares, onde moro, até a Capote Valente. Mas o que vinha na cabeça? Está tudo tão bom aqui, tudo arrumado, mudar para quê? Era uma ambivalência.

Descobrindo a Vital Brasil

Em abril de 2018, enquanto passava pela Vital Brasil, notei um prédio que até então não tinha chamado minha atenção, pois não fazia parte do meu caminho habitual. Ao observar aquele edifício, senti uma sensação maravilhosa, algo que sempre acontece quando intuo que algo será bom para mim. Senti como se borboletas estivessem na minha barriga — um toque de ansiedade boa, claro. Aquela sensação me fez querer explorar o prédio. Entrei e fiquei animada com o que vi. Perguntei como o prédio funcionava e descobri que ele operava 24 horas. Uau, eu poderia vir a qualquer hora do dia! Na Capote Valente, isso não era possível, pois encerrava às 21 horas, e o acesso nos finais de semana e domingos era limitado, sem contar que obras eram complicadas de realizar devido à mistura da região.

Quando soube que o prédio funcionava 24 horas, fiquei empolgada. No entanto, tive uma pequena decepção: o prédio não tinha auditório, algo que eu usava na Capote Valente para treinamentos. Mas percebi que não se pode ter tudo. Acabei encontrando um conjunto disponível para aluguel no 15º andar, com uma vista deslumbrante. Na Capote Valente, estávamos cercados por prédios, e a única área verde que eu via era o clube dos alunos de medicina, perto da escola de enfermagem. Sendo amazônica, sempre adorei o verde, então essa vista era um verdadeiro deleite.

Perguntei sobre o aluguel e descobri que era mais baixo do que eu pagava na Capote Valente, assim como o condomínio, o que significaria uma redução de custos. No entanto, eu precisaria realizar uma obra total no novo espaço. Além disso, teria que fazer outra obra para devolver o conjunto na Capote Valente como o recebi, sem nenhuma benfeitoria. Sentei, fiz os cálculos e percebi que precisaria trabalhar muito para arcar com os custos dessas duas obras, mas encarei com fé e coragem.

A Mudança para a Nova Localização

Desafios superados, aluguei a sala e mudei-me para a Vital Brasil. Lembro-me claramente do meu primeiro dia de trabalho, que foi no feriado de 9 de julho. Recordo da minha primeira cliente atendida naquele local e do cheque que ela me entregou. Fiz um caderno de registro dos meus primeiros clientes e os visitantes, onde eles deixavam mensagens escritas. Guardo esse caderno com muito carinho e memórias.

Planejando o Futuro

Tudo novo, tudo lindo novamente. No entanto, fiquei refletindo sobre o fato de estar em um imóvel alugado. Tinha interesse em planejar uma compra futura, mas a proprietária não estava disposta a vender. Essa incerteza gerou um certo “trauma” em mim. Pensei: “Se eu precisar entregar, perderei toda essa construção”. Isso me causava desconforto, pois, com a idade que já tinha, queria algo mais definitivo, já que planejava trabalhar por toda a minha vida.

Uma ousadia e a Pandemia

Ao projetar minha carreira, decidi que em algum momento encerraria minhas atividades de enfermagem para me dedicar apenas à psicoterapia. Esses eram meus planos. Então, pensei no que fazer. Ao lado da minha sala havia outra, um pouco menor. Decidi que não alugaria, mas consideraria a compra. Conversamos e conseguimos um acordo de financiamento diretamente com o proprietário. Foi uma proposta generosa, sem necessidade de banco: um acordo direto, com cinco anos para pagar, isso foi em outubro de 2019.

Era uma quantia significativa para pagar em cinco anos, mas meu marido e eu aceitamos o desafio. Trabalhei intensamente e, com muitas oportunidades enviadas por Deus, conseguimos quitar o pagamento em curto tempo. Organizei essa nova sala exclusivamente para psicologia. Então, em 2020, chegou a pandemia e meus pacientes passaram para a terapia online. Aproveitei essa fase para preparar a sala com vistas ao futuro, usando materiais da melhor qualidade: piso, portas, pintura e prateleiras, tudo visando durabilidade. Os móveis também foram escolhidos com esse critério. O plano de pagar em cinco anos foi concluído em 18 meses.

Nova oportunidade

A primeira sala continuou alugada para atividades de enfermagem, dedicando-me especialmente à podiatria, tanto na assistência quanto no treinamento de outros profissionais. Após a pandemia, a proprietária faleceu e seu herdeiro assumiu o contrato. Propus a compra no mesmo modelo da outra sala. Tudo acertado, assinamos o contrato em 15 de setembro de 2021. Trabalhamos arduamente e, em fevereiro de 2023, concluímos o pagamento, que era previsto para cinco anos.

Reflexões e Lições Aprendidas

Resumo do que quero deixar para vocês: Sim, eu tive medo. Mudar após 18 anos no mesmo lugar, com clientes estabelecidos e presença no Google, foi um desafio. No entanto, o medo foi superado. Existe o medo que nos protege e o que nos paralisa. O medo protetor nos impulsiona, nos mantém cuidadosos para evitar erros. Já o medo paralisante nos impede de agir.

Fazer essa mudança me trouxe muitos ganhos, sendo a conquista de espaços próprios um dos mais valiosos. Parte dessa conquista veio do meu trabalho como psicóloga, enfermeira, professora, consultora e meu marido sempre apoiador. Agora tenho um lugar próprio para trabalhar, permitindo que eu reduza um pouco o ritmo, especialmente ao entrar na terceira idade em 2025. Não sou mais a jovem de 40 anos cheia de vigor e sinto mais cansaço em algumas atividades. Vou precisar diminuir minhas atividades e evitar dívidas, exceto as básicas como condomínio e IPTU. Com custos de vida reduzidos, posso escolher melhor meus trabalhos e trabalhar menos horas, tornando meu trabalho mais diferenciado.

Mensagem Final de Inspiração

Foi difícil e trabalhoso, mas não impossível. A mensagem que quero deixar para quem está começando é: seja inteligente e sábio ao planejar seu futuro. Sempre quis um lugar próprio, mas me deixei influenciar por opiniões de que não valeria a pena. Se anos atrás tivesse decidido comprar em vez de alugar na Capote Valente, talvez tivesse economizado mais. Mas não me arrependo, pois era o que minha maturidade permitia naquela época. Tive que enfrentar desafios da cidade grande, como o trânsito, e encontrar equilíbrio. A mudança para onde estou agora me poupou tempo, energia e aumentou minha produtividade, melhorando minha qualidade de vida em tudo e me livrando do trânsito denso.

Não tema enfrentar dificuldades; em vez disso, veja-as como oportunidades para criar desafios tangíveis. Comece cedo a investir seus recursos no lugar certo e faça escolhas sábias. Lembre-se de que errar faz parte do processo e redefinir sua trajetória é perfeitamente aceitável. Para aqueles que estão iniciando uma jornada empreendedora, tenham isso em mente. Com minha vasta experiência, aprendi que cada erro contribui para o meu crescimento. Além disso, uma das minhas maiores fontes de força é meu lado espiritual, que me proporciona coragem e esperança para alcançar minhas conquistas aqui na Terra.

Um super abraço e que isso apenas lhe inspire.

PERSONA BRILHANTE: rede nacional de empreendedores

“Uma andorinha sozinha não faz verão”.


Sim, não faz mesmo porque ela não dará conta de voar. Um grupo de andorinhas revezam-se para poupar energia e chegarem juntas ao destino.

No universo humano menos ainda fazer algo sozinho, porque dependemos de uma cadeia de serviços para realizar qualquer atividade.

Nessa pandemia, muitos sofreram grande impacto econômico, emocional e de outras esferas. A resultante disso ainda não temos como medir, mas sabemos que o mundo não será o mesmo.

Em tempos de crise valem muito a velhas frases: “união faz a força” – “vamos dar as mãos” – “juntos somos mais fortes” e tantas outras de efeito mental. Vale muito a criatividade. Todavia, a ação e a proatividade valem muito mais. Nada de cruzar os braços, pois é preciso arregaçar as mangas e ir em frente.

Pensado em tudo isso, duas “Almas Empreendedoras” uniram-se novamente. Já tivemos muitas experiências exitosas juntas. Uma delas foi darmos à SOBEST grande visibilidade nacional e internacional, uma sede, uma revista, um caixa com fluxo adequado, entre tantas conquistas em grupo.

Sim, nesses meus anos presidindo essa entidade, a SOBEST, fora do rol dos membros, Luciene Marinho foi uma das minhas grandes parceiras. Tínhamos uma paixão muito grande por tudo aquilo. Aprendemos demais, inclusive o que não mais fazer.

Há outra pessoa que jamais esquecerei, Luis Carlos Rufo (in memoriam). Luis era uma fonte de inspiração.
Rufo nos nominava como personas. “Você é uma persona”. De verdade eu era tímida demais para assimilar isso. Luciene era mais tímida que eu, gostava dos bastidores. E nessa, deixamos lá pela gaveta esse título que nos foi outorgado pelo amigo.

Luciene e Rufo foram meus parceiros concomitantes, e cada um com uma atividade distinta. Darei uma pausa no que eu estava escrevendo sobre o “Persona Brilhante” para poder registrar um pouco sobre a história do Rufo. Continue lendo pois mais a frente você entenderá a minha razão.

Um pouco sobre o Rufo

Rufo era jornalista e artista plástico. Uma pessoa erudita, gostava de comer doce bicho de pé, era intrigante e também temperamental. Tínhamos nossos “pegas” comuns de trabalho. Como bom artista, não gostava de ter sua arte “modificada”. E como uma tomadora de serviços, queria dar meus pitacos. “Rufo, eu sou a presidente”. Não tenho como não sorrir ao me lembrar disso nesse momento, porque na verdade tínhamos nossas semelhanças. Ele logo aprendeu que tinha que trazer vários modelos de artes e capas, uns feios no meio do belo. Pois me apresentando os feios primeiro, ele sabia que o que ele realmente queria apresentar, era aquele que iria chamar meus olhos e do nosso grupo. Garoto esperto.

O mais das vezes, nossa convivência era maravilhosa. E eu amava ir ao atelier dele papear assuntos da vida, era meio filósofo. Infelizmente, esse amigo morreu muito cedo, o câncer o levou em 23/03/2010. E na fase em que estava doente, tive a honra de ser sua estomaterapeuta. Ele que tanto fez pela estomaterapia, esse o mínimo por ele. Foi tão generoso, que numa das vezes aceitou até as alunas da estomaterapia da EEUSP, que estavam fazendo estágio na época em minha clínica, cuidarem junto comigo. Tempos depois, debilitou-se demais, e pude ir atendê-lo em casa, já emagrecido, gravemente enfermo, com muita dor, com lesões por pressão no corpo. Diante disso, levei-lhe um colchão de dry floation, isso foi suficiente para melhorar demais sua dor. Não esqueço disso: “dormiu horas a fio”, me relatou sua esposa depois. Muito querido, ainda nos deu mudas de plantas, num momento quando fui lá com outras amigas significativas para ele. Pouco tempo depois, ele faleceu. Eu estava em viagem, não pude ir vê-lo e dizer adeus. Mas pude tê-lo em vida por muitos momentos, isso está gravado no meu coração e também da Luciene Marinho.

Voltando ao Persona Brilhante

Bem, agora que você já entendeu o meu amor fraterno pelo Rufo, essa paixão também está no coração da minha parceira nesse negócio, Luciene Marinho. Ela também cultiva uma linda história de amizade por ele. E ele é um elo entre nós, e será um óleo essencial de limão siciliano misturado com alecrim. Não havia melhor pessoa para eu convidar a ser parceira nesse projeto, que inicialmente iria se chamar Mente Brilhante. Um pouco de toró de ideias, mudamos para Persona Brilhante e instantaneamente deu liga, por sentimos a mesma emoção. E essa emoção nos levou a novos engramas, nosso amigo Rufo.


Pois bem, usando nossos talentos como empreendedoras, queremos realizar uma rede de empreendedores brilhantes. E brilhantes para nós têm um sentido especial. Não estamos falando exatamente de ganhos financeiros. Estamos falando daquelas personalidades que sabem transformar sua realidade de modo criativo e leal.

Luciene tem outra grande paixão e parceiro de empreendimentos que nos deixou recentemente, Marcelo Chanes, um enfermeiro brilhante. Ele também será mais um elo nessa nessa rede que está se formando nesse país, num momento onde tivemos nossas personalidades marcadas por um vírus impostor.

Foto para marcar a história. A esquerda, Luciene Marinho. A Direita, Beatriz Yamada

Trazendo Rufo para essa história, pelo amor que desenvolvemos por ele, criamos essa identidade Persona Brilhante – no dia 27 de setembro, por vota das 19h, sentadas num restaurante do shopping Continental – assumimos no auge de nossa maturidade àquela sincera percepção de nosso amigo de que somos personas. Para marcar nosso acordo, fizemos essa foto do jeito que estávamos, cara limpa.

Nosso sonho nesse projeto? Ajudar na visibilidade de outras personalidades brilhantes.

Com muito gosto.

Quem sou eu?

Sou Beatriz Farias Alves Yamada, CEO do Instituto Beatriz Yamada e byCorpus (enfermeira, psicóloga e Coach. Mãe, mulher, empresária, escritora, professora, líder de opinião. Sonhadora e realizadora…)

Realizando uma aliança empresarial com quem?

Luciene Marinho, CEO da Expansão Eventos (Administradora de Empresas, Empresária, idealizadora, mega otimista, criativa, influenciadora, realizadora…)


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