Arquivo para Tag: PodiatriCare

CORTE DAS UNHAS EM FORMATO RETO?

Sempre que vemos os guias de cuidados com as unhas, a recomendação de regra é:
cortas as unhas em formato RETO.

Isso é realmente válido, pois tem como lógica evitar alterações da curvatura, encravar os cantos das unhas e, também, prevenir traumas durante o corte.

Traumas podem levar a formação de granulomas e infeções, que são verdadeiros riscos para a pessoa com diabetes com perda da sensibilidade. Aliás, essas devem ter as unhas cortadas por um profissional da podiatria.

Sou professora de podiatria clínica há 18 anos e tenho muita vivência clínica. Raramente recebo um cliente com todas as unhas normais (exemplo, vejam essas unhas abaixo, antes e depois do corte).

Sempre que minhas alunas me perguntam sobre esse assunto, eu respondo:

O corte reto da unha é “para quem pode, não para quem quer”.

Unhas com distrofia

Pé esquerdo: antes do corte. Toque para ampliar

 

Unhas com distrofia

Pé direito: antes do corte. Toque para ampliar.


Eu lhe explico bem direitinho.

Em casos de lâmina com curvaturas normais, cortar reto é o correto. Todavia, muitas pessoas já estão com distrofias ungueais, o que impossibilita fazer esse modelo de corte, como os exemplos acima.

Outras, desde cedo, já apresentam formatos nos cantos elevados, arrebitados. O que não permite o corte reto, pois ficarão cantos pontiagudos que serão desconfortáveis durante uso de calçados ou se raspar na pele. Eu chamo esse tipo unha de arma secreta, pois se passar na pele do outro ou de si próprio, riscará e poderá vir a ferir.

Também, verifica-se, na prática clínica, que muitas pessoas idosas, com diabetes ou outras doenças crônicas, possuem as lâminas espessadas e com diversas alterações na sua forma: telha, gancho, caracol, funil. Podendo estar acompanhada de onicomicose, verruga subungueal, queratose subugueal, onicofose e outras onicopatias.

Em tais situações, é inviável fazer o corte reto. Logo, é preciso ajustar o corte, retirando as áreas que estão descoladas, enroladas para baixo. Fazemos um certo ajuste ao formato que está na pele.

Unhas com distrofia

Aqui, a mesma pessoa acima, depois do corte e limpeza. Trabalho realizado por aluna do curso de podiatria, turma 59, julho 2023.

 

Quais as soluções para corrigir?

Quando possível, realizam-se os procedimentos de correção das lâminas com aplicação de órteses ou outras formas de barreira lateral, como os artefatos para o afastamento das pregas. E vamos esperar que a boa vontade da biomecânica possa ajustar e voltar a normalidade. Sempre é possível melhorar os pés.

Bem, agora que você já entendeu que nem sempre é possível realizar cortes retos, explique aos seus pacientes.
E vamos cuidar dos pés desde cedo para polpar o que for possível lá adiante.

Nossos pés são muito importantes. Eles nos sustentam o dia inteiro e nos conduzem pela vida. Vale a pena cuidar bem deles.

Precisando, aqui estamos nós. Se for fora na minha região, uma busca na internet sempre poderá achar muitas das enfermeiras
que tive o privilégio de ser mentora. Em Teófilo Otoni, clique aqui.

E vivam os pés saudáveis!

Com apreço,

Dra Beatriz F A Yamada – PhD
Enfa Estomaterapeuta e Dermatológica
Expertise em PodiatriCare

A perda financeira ao usar 4 luvas

Os procedimentos em podoprofilaxia são considerados “sujos”. Alguns casos são infectados, quando existem fungos ou outros microrganismos na pele ou unhas.

Os procedimentos precisam ser práticos, ecológicos e econômicos, sem perder a qualidade do cuidado e a biossegurança.

Prático e ecológico

Usar o máximo material descartável biodegradável. Nem sempre é possível, pois usam-se luvas, protetores, embalagens de grau cirúrgico, PVC para envolver os pés para a hidratação, entre outros. Minimamente num procedimento é preciso:

  • 1 par de luvas;
  • 1 embalagem de grau cirúrgico;
  • 1 protetor plástico de bandeja;
  • pedaços de PVC para envolver os na
  • hidratação dos pés (o cliente agradece a maciez depois).

Economia

Usar o essencial somente, mínimo de algodão, aproveitar a parte plástica da embalagem do papel grau cirúrgico para colocar o fotossensibilizador (já previamente ao procedimento) e o instrumental (bisturi nuclear) para aplicá-lo sobre as unhas ou nos espaços interdigitais.

Eu asseguro que um par de luvas já é suficiente, se a pele está saudável. Sem tão pouco negligenciar a biossegurança. Atentar para o psicológico do paciente também.

  • Papel lençol resolve a proteção e dispensa-se o lençol tipo absorvente.
  • Aplicar os sprays com moderação para não molhar seu papel de proteção.
  • Usar papel toalha para aparar os respingos.
  • Ser delicada(o) nessa tarefa.

Vamos à TFDa

Realizado todos os procedimentos prévios à TFDa, antes de remover a luva aproveite para:

  • aplicar o fotossenbilizador nas unhas;
  • remover a broca;
  • limpar os instrumentais para levar ao expurgo;
  • reunir e descartar o material sujo;
  • remover a sujeira que possa ter caído no chão etc.

Agora, descartar essa luva e lavar mãos para pegar em no LASER (um bem precioso).

Ao aplicar o laser para a TFDa, segurar os dedos com papel. Ao final de tudo, lavar novamente suas mãos e não esquecer de hidratar. É bom pegar em mãos macias.

Uma lição de finanças

“Cuide bem dos centavos que os reais cuidarão de si mesmos”.

Faz todo sentido: de centavo em centavo o bolso enche ou esvazia.

O que deixa de ganhar no final de um ano ao usar mais um par de luva somente para aplicar o laser?

Vamos aos cálculos simples e mínimo para 10 atendimentos por mês.

Total atendimentos por ano: 120

  • Valor de 1 par de luva de procedimentos: R$ 0,60 (tendo como base uma caixa com 100 unidades a R$ 30,00).
  • Número atendimentos por ano: 120
  • Número de luvas por procedimento: 4 (esse é o 4L)
  • Total: R$ 144,00

Agora, já imaginou se atender:

  • 10 pessoas por dia?
  • 50 pessoas por semana; 200 pessoas por mês;
  • 2400 pessoas por ano.

Mas como irá tirar férias, vamos considerar somente 11 meses: 2200 atendimentos.

Assim:

  • se 1 par de luvas custar 0,60 => se usar dois pares (4L) por procedimento (R$ 1,20)=> gastará R$ 2640,00 ao ano.
  • se usar apenas um par, economizará a metade desse valor.

Pode parecer pouco gastar R$ 1,20 de luvas para um procedimento. Mas é preciso olhar para frente, a soma do total de atendimentos por um ano. E com isso, o número cresce e é possível ter melhor noção do que se gasta.

No exemplo dado, o que se faz com R$ 1320,00 por ano? Ahh, pode-se fazer várias coisas:

  1. Fazer aplicação e aumentar sua reserva financeira.
  2. Pagar um curso para atualização.
  3. Uma viagem.
  4. Um produto novo.
  5. Uns brindes de final de ano.
  6. Uma doação a uma ONG.
  7. E o que mais você quiser.

Agora, que tal pensar em tantas outras coisas que está usando sem aquela absoluta necessidade. Basta fazer umas continhas básicas e logo verá o que está deixando de ganhar.

Depois dessa exposição, que tal ler novamente a frase dos centavos. É assim que banco vai ficando rico; que as empresas que não devolvem o troquinho, naqueles produtos que terminam com 99 centavos, vão fazendo seu cofrinho ficar cheio (nesse caso, melhor passar o débito).

Então, #boraeconomizar. A natureza e seu bolso agradecem.

Profa Dra Beatriz Farias Alves Yamada
Doutora em Enfermagem
Estomaterapeuta
Proprietária do Instituto Beatriz Yamada

Eureka!! Como retirar azul de metileno da unha

O azul de metileno ou de tuluidina são fotosensibilzadores que usamos para realizar a terapia fodinâmica para tratamento da onicomicose.

A combinação dessa substância com a luz do laser ou led produz a reação necessária para matar pouco a pouco os fungos das unhas e pele.

O inconveniente, até então, é que as unhas ficam manchadas com azul e esteticamente ruim para algumas pessoas, sejam jovens ou idosas.

Semana passada, atendi uma cliente nova que já tinha usado a terapia anteriormente em outro local. E ela me deu uma notícia que foi a novidade para mim: conseguia tirar tudo com limão. E isso já foi informação passada para ela. Veja o poder da história oral.

Me disse que usava o limão a noite para evitar queimar a pele com exposição solar, devido ao sumo que poderia tocar a pele. Achei MARAVIGOLD!!

Pensando no assunto, sabendo que limão é ácido, resolvi experimentar o que eu tinha no consultório: ácido acético branco de maçã. Eurekaaaa! A coisa funcinou!! Contei a novidade para algumas colegas e deu certo mesmo. Eba, reunindo evidências. Testei o limão depois, e não vi nenhuma diferença entre ambos na remoção do azul. Entre um e outro, optarei pelo o velho e bom ácido acético pois ficará mais prático para uso tanto no consultório quanto em domicílio.

O que aprendemos, devemos compartilhar. Assim, lá vai minha técnica.

Ao concluir a TFD:

  • pegar algodão ou gaze e embeber com ácido acético puro, o branco de maçã;
  • deixar essa gaze um pouquinho de tempo sobre unha, e depois esfregar até remover o máximo possível;
  • Colocar nos sulcos da unha algodão úmido com a substância e usar o bustiri nuclear para ajudar a esfregar (cuidado se estiver cortante, os meus os deixo cegos) ou um palito de dentes (com cuidado para não ferir)
  • repitir quantas vezes precisar (geralmente duas ou três);
  • aplicar água para remover o vinagre da pele;
  • secar tudo;
  • orientar para aplicar um fitoterápico na unha para potencializar o tratamento em casa.

Sobre os fitoterápicos: as opções vão da solução de vinagre, vinagre com alho à óleos essenciais, entre outras alternativas. Depende também das circunstâncias. Eu faço um mix de cuidados domésticos, que são parte de nosso protocolo institucional.

A respeito do óleo, atualmente, retornei ao óleo essencial de melaleuca porque encontrei um que de fato é essencial, com selo de garantia de pureza. A melaleuca é antifúngica, e tem mais um tanto de outros efeitos terapêuticos. Mas, é preciso ser de fato pura. Em nosso meio há muita mistura. Um dica é ver o preço do produto. Mais do que isso é ver o selo de autenticidade, ex. o CPTG (Certificado de Pureza Testada e Garantida) ou outro que comprove pureza (solicite onde irá comprar).

E para terminar o cuidado, deixar o pé hidratado no capricho. Um carinho em dose dupla. E nessa caso, um ótimo creme hidratante. Eu uso da minha própria marca, a by Corpus.

Essa limpeza com ácido acético fica muito boa, sai basicamente tudo. Em alguns é possível sair tudo. Mas se a unha estiver muito porosa o azul penetra mais e fica lá uma macha azuladinha. Aos que se importam com isso, orientar que repita em casa novamente que vai saindo.

Gostou da dica? Eu amei. Que tal compartilhar com os profissionais que realizam TFD?

Eu testei desse modo, faça novas descobertas e nos conte.

Vamos matar esse funguetes!

abs,

Dra Beatriz F Alves Yamada – PhD, ET
Proprietária do IBYamada

 

Obs. A fotos estão publicadas com autorização dos clientes para divulgação pelo IBYamada, Não deverão ser utilizadas sem prévio consentimento.

Empreendendo com treinamento de Enfermeiros em PodiatriCare – relato de experiência

Introdução

Quanta coisa acontece em um dia? Ou em uma semana? Um ano? Uma, duas décadas? Muitos dos acontecimentos vividos vão ficando para trás e sem os devidos registros os fatos são deixadas no ‘vazio’. Quanta falta me faz um diário, e esse blog tem também essa finalidade: guardar histórias. Assim sendo, vou registrar aqui um pouco da minha trajetória com treinamento de enfermeiros ao longo desses 13 anos. Uma razão é porque no dia 31 de agosto teremos o PodiatriCare – II Simpósio de Podiatria Clínica, e como estou preparando minha palestra de empreendedorismo em ensino extracurricular, resolvi deixar algum registro aqui em meu blog profissional.

Contextualizando a minha formação como especialista e empresa

Como tudo tem um começo, preciso contextualizar alguns dados de minha formação e da empresa. Então, vamos lá ativar uns engramas cerebrais.

Fiz especialização em estomaterapia num curso intensivo de menos de três meses, na Escola de Enfermagem da USP, na XIX turma, iniciada em fevereiro de 1998. Ao concluir, já em maio, iniciei minhas atividades como estomaterapeuta (ET) em assistência domiciliária. E assim fiquei até julho de 2000, quando minha clínica (Enfmedic) foi inaugurada na Capote Valente, 432 cj 75, local que permaneci até 30/06/18 (guardando memórias). São duas décadas de formação especializada em estomaterapia e de empreendedorismo na área.

A Enfmedic guarda em sua história muito pioneirismo em inúmeros de seus empreendimentos, sendo esta a primeira clínica do país em estomaterapia. Isso é um dos pioneirismos: nascer num contexto onde a estomaterapia era extremamente desconhecida e mais raro ainda enfermeiros terem clínicas. Essa realidade é bem diferente na atualidade, pois já há vários enfermeiros empreendendo. Tenho consciência que servi de espelho para muitos de meus pares. E com esses 20 anos de experiência, hoje me é fácil falar sobre nos cursos que ofereço e mostrar ao enfermeiro que podemos voar e ter uma vida 100% autônoma e ser profissional liberal, empresário etc, sendo bem sucedido na carreira. Desde que tenha muito empenho. Gosto de uma frase, no que no site pensador refere ser de autor desconhecido. Ela faz todo sentido para minha vida.

“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.

Voltando aos pés. Lidando com pessoas com úlceras por diabetes mellitus, via a situação das unhas e pés e não tinha preparo para esses cuidados, mas era preciso cuidar deles. Desse modo, inclui no escopo das atividades multidisciplinar da clínica a podologia, mas realizada por podólogos. Relembro que nessa época já havia enfermeiras com curso técnico em podologia atuando com pacientes diabéticos. Mas ainda nenhum curso para capacitar enfermeiros para esse exercício de cuidados podais. O inverso era real, preparação de podólogos para cuidar de diabéticos. De verdade isso me era um incômodo. O enfermeiro já tinha histórico longínquo de atuação na área e foi perdido por alguma circunstância do mercado.

Os primórdios dos cursos de podiatria

A colega Suely Thuler, residente em Americana (SP), ao realizar sua pós-graduação em Estomaterapia, em 2000, foi se engajando nessa área, buscando beber em outras fontes para ir adquirindo esse conhecimento. Suely, em 2001, começou a dar aula no curso de estomaterapia da Unitau, de onde foi egressa, sobre prevenção de lesões nos pés de pessoas diabéticas, o que se estendeu na EEUSP depois.

Como minha empresa já tinha Centro de Estudos e realizava vários cursos de atualização em estomaterapia, em 2005, nos unimos para empreender nesse segmento, realizando cursos específicos para enfermeiros e até para podólogos. Mas, depois decidi atuar apenas com enfermeiros, pois acredita que o caminho tinha que ser o inverso. Ensinar enfermeiros a fazer cuidados podais e esses assumirem o cuidado do paciente diabético, e não o contrário. Algo hoje que ainda me mantenho fiel a essa missão: trazer o enfermeiro para atuar em Podiatria Clínica especialmente com diabéticos, e ajudar a mudar a realidade que se tornou saúde publica, pessoas diabéticas perdendo os pés em alguma parte do mundo a cada 20 segundos.

Na primeira proposta, fizemos um curso de 96h/aula, com muita teoria, e demos o nome de: “Curso de Capacitação para enfermeiros – Prevenção de complicações nos pés de diabéticos“. Não chamamos de podologia e nem tão pouco podiatria. Nossa ênfase era ensinar de modo mais abrangente o cuidado ao paciente diabético, numa perspectiva de cuidados de enfermagem, mas inserido os cuidados podais. Abaixo um recorte do folder usado.

Isso foi algo inédito no país: ensinar enfermeiros a realizar tratamento/cuidados podais. Essa curso foi muito prazeroso, e entre as atividades realizadas construimos junto com os alunos um instrumento de avaliação dos pés de pessoas com diabetes. Desse curso, frutos renderam e algumas enfermeiras foram atuar na área diretamente.

Numa versão seguinte, diminuímos a carga horária pois verificamos que muitos dos conteúdos dados já eram conhecidos pelos enfermeiros. Assim sendo, passamos dar mais ênfase em aspectos práticos.

Nessa fase, dispensei o serviço realizando por podólogos, e Suely passou a atender alguns casos na Enfmedic por um curto período de tempo. Merian, uma das enfermeiras que atuava comigo foi capacitada no curso e passou a realizar esse trabalhado também.

No seguir da carruagem, Suely e eu fomos atuando de modo independente no treinamentos de enfermeiros, cada uma em sua própria sede. E em meu curso passei a focar inteiramente em prática clínica de 3 dias por um certo tempo.

Embora meu enfoque nesse texto seja sobre educação, não posso deixar de escrever que na área assistencial a podiatria passou a ser um serviço bem relevante na empresa, e hoje é o carro chefe.

Um enxerto na história – assegurando a área na estomaterapia

Ao vermos ser esse um caminho presente e futuro de grande importância para o Estomaterapeuta, em minha gestão como presidente da SOBEST realizamos as competências do ET, e, aproveitou-se para já inserir essa atividade como parte integrante da especialidade, em documento publicado na Revista Estima e no site da SOBEST. Nesse documento ficou definido que algumas dessas atividades devem ser realizadas mediante curso complementar de capacitação em podiatria.

Realizar cuidados podiátricos – cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades e remoção de espículas ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades (SOBEST, 2008).

Pouco a pouco os coordenadores dos cursos de estomaterapia foram introduzindo algum conteúdo no assunto para despertar os alunos para essa área também. E fomos vendo cada vez mais enfermeiros se interessando e se capacitando para tal exercício com cursos de extensão. Nossa empresa serviu de campo de estágio na área para os alunos de estomaterapia da EEUSP.

A especialidade na UNIFESP

Em 2007 nasceu a especialização em Podiatria na UNIFESP e três cursos foram realizados. Foi sonhado pela profa Mônica Gamba, a real precursora da Podiatria, mas coordenado pela Profa Odete, com auxílio da enfa Vera Lígia. Nesses cursos várias ET se especializaram, sem contudo atuar plenamente na área. Com a especialização a Podiatria entrou no rol das especialidades da enfermagem, mas foi retirada por algum desconhecimento de causa, ficando somente nas competências do ET. O curso foi interrompido depois da 3a edição, mas há intenção de retornar.

Outros cursos de especialização foram realizados por iniciativa privada.

A Podiatria na SOBENDE

Em 2015 foi incluída como uma parte no departamento das sub áreas da SOBENDE. E nessa entidade participei, com outras colegas, de uma força tarefa para organizar os cursos de extensão quanto a carga horária e conteúdo. O material foi enviado ao COFEN, pois se pretendia requerer o retorno da especialidade, o que não aconteceu.

Recentemente, o COFEn realizou uma nova resolução 570/18 incluindo a podiatria na Enfermagem em Dermatologia. Essa área têm sido atualmente coordenada por mim dentro da SOBENDE.

Nossos Simpósios – realizando cultura

Em abril 2016, realizamos, juntamente com o SIMPELE (Simpósio de Pele), o I Simpósio de Podiatria Clínica, no teatro Gamaro, em parceria com a Expansão Eventos, com participação de enfermeiras atuantes na área (Maria Lucoveis, Merian Santos, Rosangela Oliveira, Vera Lígia). Esse ano acontecerá a segunda edição, com exclusividade em Podiatria, ganhando essa identidade visual abaixo, também de autoria de Rachem Yamada.

Em maio de 2017, cunhamos em nossa empresa o termo PodiatriCare, para denominar nosso serviço dentro do IBYamada (nome fantasia adotado a partir de 2016). Depois, com a ideia de franquia, adotamos esse nome para o projeto PodiatriCare – uma missão de cuidado, que está sendo estruturado para uso de licença de marca. A logomarca (nov 17) foi criada pela minha filha, uma artista inata. E um site exclusivo foi desenvolvido pelo Maurício, cujo lançamento foi feito em dezembro de 2017.

Nesse momento, a PodiatriCare é uma rede de afiliados que se interessaram em promover o nome podiatria clínica, juntamente com o IBYamada. Todos os participantes são egressos de nossos cursos de podiatria clínica.

Logarmaca criada por Rachel Yamada

Ressalto que devido ao interesse na podiatria e sua inserção oficial dentro da Enfermagem em Dermatologia, coordeno uma pós-graduação no Centro Universitário Adventista nesse área, onde a Podiatria foi inserida como parte das disciplinas. O curso está em fase de inscrição.

Os nossos treinamentos no presente momento

A contar de 2005 até agosto de 2018, 37 turmas foram realizadas e inúmeros enfermeiros treinados. Vários desses realmente atuando, precisaria fazer uma pesquisa com os egressos.
Tenho como premissa a realização de turmas pequenas, com no máximo sete pessoas, devido a prática clínica que quero acompanhar com toda atenção.

O curso foi passando mudanças gradual ao longo do tempo, pois era focado na prática. Foram sendo incluídas novas temáticas como laser e empreendedorismo, sendo necessária a ampliação da carga horária. E sei que sofrerá sempre mudanças, pois é um aprendizado contínuo.

A partir de janeiro de 2018 passou a ser de Aperfeiçoamento, com uma parte teórica realizada em EAD. Na parte presencial, realizo dinâmicas de autoconhecimento (juntando meus conhecimentos de psicologia), além de mentoria em empreendedorismos e o treinamento em voluntários generosos. Tudo isso, em curto tempo, possibilita ao enfermeiro ampliar suas competências e atividades que já realiza, mas também iniciar um trabalho exclusivo. A grande maioria dos treinados é ET ou Enfermeiro em Dermatologia.

Considerando os treinados nos primórdios, já são 150 enfermeiros. De janeiro de 2015 até agosto de 2018, 102 enfermeiros foram treinados. E a partir de maio de 2016 (n=76), exclusivamente por mim.

Dado ao interesse, em parceria com colegas, realizamos uma nova base de treinamento no nordeste, na cidade de Fortaleza (CE), e já treinamos 14 enfermeiros em maio e julho, e com uma nova turma aberta para novembro. O Ceará já possui 15 enfermeiros treinados no nosso programa, todas elas especialistas em estomaterapia ou dermatologia. Na figura abaixo pode ser visualizada a distribuição por estado, no período de janeiro de 2015 a agosto de 2018.

Embora tenham sido treinados todos esses, nem todos conseguiram atuar em Podiatria de modo exclusivo ou complementar. Seja porque não possuem muito perfil para o empreendedorismo, seja porque não se encontram nessa atividade. Alguns se sentem “diminuídos” realizando cuidados podais. Talvez não tenham entendido o valor da missão de PodiatriCare: ajudar pacientes diabéticos a preservarem seus pés do risco da amputação, pois as estatísticas mostram que a “a cada 20 segundos um diabético perde o pé”. Atrelado a isso, PodiatriCare é uma das grandes possibilidades para o enfermeiro empreender com muito sucesso.

Graças a podiatria meu consultório se mantém com atividade 100% privada, não somente para atendimento clínico mas em educação continuada.

Incentivo fortemente enfermeiros a atuarem nessa área.

Dra Beatriz Yamada – ET

Por que Podiatria Clínica?

Desde 2005, tenho me dedicado a treinar enfermeiros em Podiatria Clínica. Esse trabalho tornou-se mais que trabalho, é uma dupla missão pessoal e profissional:

  • promover a prevenção de lesões de pele, porque acredito que é totalmente possível e
  • ampliar os horizontes dos enfermeiros para o empreendedorismo nessa área.

Publicação internacional mostra a terrível estatística com relação aos diabéticos: a cada vinte segundos uma pessoa sofre amputação em algum lugar do mundo. Veja original: 👇

“Every 20 seconds a lower limb is lost to diabetes somewhere in the world”

Chega a ser quase inacreditável alguém perder seu pé porque a prevenção falhou! Claro que prevenção passa pela responsabilidade pessoal, mas também é uma questão de políticas públicas e dos profissionais. As vezes uma micose entre o dedos (tínea pedis), um calo ou uma fissura são portas de entrada para processos infecciosos, que podem culminar com a amputação. Isso pode ser diferente!!

Quantos pacientes passam em consultórios de um profissional de saúde e têm seus pés examinados? Analise você mesmo que está lendo esse texto, se for diabético ou tem familiar, se isso acontece. Ou seja, há negligência de inúmeras partes. É preciso envolvimento dos profissionais, do governo e pessoal. Cada pessoa tem que se empoderar, assumir o comando do seu próprio corpo, controlar sua doença e quem sabe até se curar, se um grande investimento em mudanças no estilo de vida fosse feito, a começar pelos hábitos alimentares. O bom e velho Hipócrates (falecido em 377 a.C.) já dizia:

“Que a comida seja teu alimento e o alimento tua medicina.”
“Tuas forças naturais, as que estão dentro de ti, serão as que curarão suas doenças.”
“A cura está ligada ao tempo e, às vezes, também, às circunstâncias.”

Enfim, apenas uma digressão, mas um pano de fundo para esclarecer porque tenho uma missão, chamada PodiatriCare. Engajar profissionais enfermeiros e também acadêmicos para voltar seu interesse nessa área, porque com PodiatriCare é possível:

  • Salvar pessoas e seus pés – os pés são os que nos conduzem pela vida;
  • Ampliar os horizontes profissionais para atuação como empreendedor nos cuidados podais => autonomia profissional.

Há muitos pés de diabéticos. Veja a triste estimativa para 2030:

“By 2030, the global estimate is expected to rise to over 552 million – 9.9 % of the adult population.”

Há muitos pés de diabéticos, mas não é apenas para o diabético que um enfermeiro pode oferecer seus cuidados. O seu público alvo é qualquer pessoa com necessidades de cuidados na pele e seu anexo unha, como exemplo:

  • Distrofias das unhas de qualquer ordem – temos como tratar com as técnicas padrão, seja nos pés ou nas mãos
  • Onicomicose – oferecemos tratamento de ponta com laser para realizar a terapia fotodinâmica (TFD). Essa intervenção não tem efeito sobre o fígado de ninguém, como pode ocorrer com as drogas padrão
  • Se já tiver lesões de pele – temos um arsenal de tecnologias para ajudar na cura do ferida. E investir para nunca mais ter
  • Temos um ouvido afinado para escutar – a cadeira é bom lugar para relaxar e poder falar de si mesmo
  • Temos uma mão muito habilidosa para manejar a pele e seu anexo unha – a mão do enfermeiro não é automática e mecânica, ela segue o raciocínio clínico acumulado em sua formação acadêmica, especializada e de educação continuada

Então, se você é uma pessoa que está precisando de cuidados nessa área, tenho uma prescrição: PodiatriCare vinculado a um profissional enfermeiro.

Se você é enfermeiro e está procurando um novo rumo para sua vida profissional, eu também tenho uma prescrição educativa: PodiatriCare. Sua autonomia e receita de sucesso. Faça curso conosco. Temos anos de experiência no ramo.

Para atendimento, conheça os afiliados na PodiatriCare. Um grupo de enfermeiros empreendedores engajado comigo para promover a Podiatria Clínica.

Nos ajude com essa missão. Compartilhe nosso texto.

Obrigada,

Dra Beatriz Farias Alves Yamada
Estomaterapeuta – COREn 49.517
Proprietária do IBYamada
WhatsAap: 11 99609 4381