A Podiatria no Congresso da SOBRATAFE

Está ocorrendo em São Paulo, nesses dias, o III Congresso de tratamento avançado de feridas – da Sociedade que leva esse nome.

Amanhã, juntamente com a minha colega Cristina Carvalho, faremos uma mesa sobre “A Podiatria como estratégia de prevenção”, com foco no atendimento aos diabéticos. Minha palestra será sobre “Terapia fotodinâmica para manejo de feridas e onicomicose”.

A podiatria clínica é uma especialidade de enfermagem que cresce a cada dia no Brasil. Nosso instituto tem se esmerado em desevolver outros enfermeiros por meio de seus cursos de capacitação e aperfeiçoamento na área. Esse crescimento se dá não apenas pela oportunidade e facilidade para empreender, mas especialmente, do ponto de vista de saúde, pela sua importância para o tratamento clínico das distrofias das unhas e as alterações da pele, entre outros problemas relevantes, de pés com maiores complexidades como os das pessoas com diabetes, doenças circulatórias e idosas.

A onicomicose (fungos nas unhas) é um afecção que acomete inúmeras pessoas e é de difícil tratamento, em função das dificuldades em se mudar o ambiente que favorece o crescimento dos fungos: calor, umidade e falta de luminosidade, a saber, escuro, dentro dos calçados. Acomete qualquer pessoa, especialmente quando as defesas estão em baixa.

Como um ser vivo, precisa alimentar-se, e usa a própria unha como seu alimento. Em função disso, as unhas ficam descoladas (onicólise), de aparência ruim, manchadas, às vezes decompondo-se e com odor desagradável.

O tratamento é um grande desafio devido a esse ambiente favoravel ao fungo. É preciso uma série de cuidados podiátricos que envolvem: higiene, desbastamento e remoção da parte da lâmina comprometida e aplicação de substâncias tópicas antifúngicas. Além de cuidados com os calçados, meias e o próprio banheiro.

Dicas que ajudam a equilibrar o pH e melhorar a defesa da pele

  • Higienizar os pés sempre com sabonete acidificadohttp://www.bycorpus.com.br
  • Deixar os pés de molho com água com vinagre, pelo menos uma vez por semana por 5 a 10 minutos (para cada litro duas colheres de sopa de vinagre de maçã).

Aqueles que têm condições sistêmicas, os médicos podem prescrever medicamentos oral, de modo cauteloso devido aos riscos de toxicidade hepática. Outros indicam drogas tópicas, como esmaltes. Entre as possibilidades, e sem efeitos adversos, está a aplicação terapia fotodinâmica (TFD) com o uso de LASER ou LED, que somente pode ser realizada por profissionais com formação para isso, como os enfermeiros atuantes na podiatria (especialistas em podiatria, estomaterapia ou dermatologia ou aqueles capacitados, aperfeiçoados ou habilitados). Alguns podologistas e podólogos também realizam os mesmos procedimentos.

A TFD é um tratamento efeitvo, mas paulatino, com muito mais vantagens que desvantagens. Ao meu ver e experiência, o principal fator negativo é estético (o corante azul), com o qual 99% das pessoas que buscam esse tratamento em nosso serviço, não dão qualquer importância. Sendo persistente com o tratamento e “hostil” com os fungos, no sentido que dificultar as coisas para eles, a saúde da unha pode ser restaurada e auto-estima devolvida.

A TFD também é uma grande aliada no manejo de feridas, para combater a microbiota presente no leito, um fator que compromete sensivelmente a reparação tecidual.

Ressalto que, tanto para um quanto para outro, existem protocolos corretos de aplicação, e sobre isso falaremos no congresso.

Agradeço a comissão organizadora do evento pelo convite.

Dra Beatriz Yamada
Estomaterapeuta

I Teleconferência Internacional no IBYamada

Amanhã o IBYamada realizará sua primeira teleconferência internacional.

Escolhemos um tema relevante para prática clínica dos enfermeiros especialistas em cuidado com a pele, que é a prevenção de lesões por pressão em crianças.

Para isso, convidamos a enfermeira ET, Louise Lalande, do Canadá, que esteve presente em nosso III SimPele, em abril passado.

Louise tem uma grande expertise em cuidados infantis, sendo uma palestrante atuante em vários países onde ministra aulas em cursos de especializações em estomaterapia, bem como palestrante em congressos, conferências etc.

Foi presidente do Conselho Mundial de Estomaterapeutas, tendo atuado previamente em outros cargos, especialmente no Comitê de Educação.

É uma grande honra tê-la em nossa história.

A conferência será amanhã, dia 23, com inscrição estendida até as 9h. E será em homenagem ao dia mundial de prevenção desse tipo de lesão, que ocorrerá dia 16/11/17. A conferência será gravada em inglês a fim de ser enviada pelo mundo afora.

Agradecemos o apoio institucional dos presidentes da SOBEST (Enfa Dra Angela Bocara de Paulo) e SOBENDE (Enfo MS Diego Bonil) e a BYCorpus/Estomatech pelo suporte financeiro.

Clic aqui para se inscrever: https://institutobeatrizyamada.com.br/curso/teleconferencia-

internacional-prevencao-de-lp-em-criancas/

Feridas em Crianças

Ter ferida traz comprometimento em várias esferas da vida, seja física, financeira, social, e, especialmente, emocional.

Acomete qualquer pessoa, principalmente idosas com doenças crônicas. Todavia, as crianças não estão imunes de terem feridas agudas e crônicas.

Crianças podem ter feridas decorrentes de traumas (quedas, queimaduras), anomalias, doenças que levam a imobilidade, como as lesões por pressão ou por procedimento operatórios, entre outros.

Já parou para pensar o que uma ferida representa ou significa na vida de alguém?
O que é ter uma pele com perda de descontinuidade, coberta com curativos ?
O que é passar anos sem poder tomar um banho completo e livre de bandagens ? No odor e aparência da lesão?
Já pensou ter ter um lindo bebê e estar com sua pele ferida?
O quanto de traumas no psiquismo uma ferida pode causar?

São questionamentos para você que está lendo pensar um pouco na importância do tema, porque, feridas/lesões, sejam agudas ou crônicas, causam dor, alterações na imagem corporal, na autoestima e tantos outros problemas.

Pelo fato de ser uma situação tão delicada, requer atenção especializada de profissionais da saúde, entre eles, os enfermeiros em estomaterapia ou dermatologia, as duas especialidades da enfermagem com foco em cuidados com a pele.

Diante da demanda e as dificuldades para cicatrização das pessoas com feridas, surgiram ao longo do tempo tecnologias de diferentes matérias primas para tratamento tópico. Embora feridas sejam feridas, o tratamento de uma criança tem outras necessidades, e saber escolher as tecnologias para essa faixa etária e conduzir o tratamento tópico exigem um saber distinto.

Devido as peculiaridades para se tratar dessa população, realizamos um curso com esse público alvo e convidamos uma estomaterapeuta pediátrica, Luciana Pacehco, para apresentar sua experiência com você.

Não perca essa opotunidade ímpar. Clica nesse link e faça sua inscrição.

Esperando por você.

Dra Beatriz Yamada – ET
Diretora

Setembro verde e a Prevenção de Câncer colorretal

O câncer colorretal (CC) interessa para várias áreas do saber, dentre estas: a medicina, a nutrição, a estomaterapia e a psicologia.

Em função do setembro verde, quero salientar esse tema nessa matéria. Já tenho uma vivência de 19 anos assistindo pessoas que sofreram CC e que necessitaram derivar seu instestino para o abdomem. Vejo seus sofrimentos, dores e angústicas, mas também a luta pela vida. Constato que a maioria de meus clientes tem sido capaz de superar as dificuldades impostas pela doença, buscando um novo sentido à experiência.

Quão frequente é esse câncer?

Olhei aguns estudos científicos para pontuar a sua incidência. Em cada país pode ser diferente, estando os casos em crescimento ou até redução. Apenas para exemplicar, no Japão o CC é o mais incidente dos cânceres – 6,654 casos, com 16,0% 1; na China, ocupa o quarto lugar (28,64%), dentre dos dez principais 2; na Austrália está havendo aumento da incidência em faixas estárias mais jovens3, o que mostra uma preocupação na saúde pública. Já no Brasil, numa avaliação de casos entre 1980-2013, constatou-se que o CC tem tido aumento das taxas de sua mortalidade nas últimas três dácadas4. Isso é bem preocupante, não é?

O que causa o câncer colorretal?

É difícil saber, porque câncer em si pode ter diferentes causas. E o CC certamente não é diferente. Mas encontro um estudo nacional que aponta uma relação com o estilo de alimentação, estando aumentado naqueles que consomem mais carne e menos de vegetais, frutas e grãos integrais5. Então, é bom pensar que o que comemos pode fazer toda diferença em nossa saúde. “Que nossa alimentação seja nosso próprio remédio”.

A inserção da estomaterapia nessa área

O câncer colorretal é a maior causa de realização de estomias intestinais. Quando não há mais a possibilidade de refazer a comunicação do intestino (a anastomose), os cirurgiões necessitam abrir uma boca no abdomem (estomias) para poder ser eliminado o conteúdo fecal e, assim, permitir que vida continue.

Não se pode jamais esquecer que as estomias são a essência de um Estomaterapeuta (ET), porque foram destas que a especialidade se originou há mais de 50 anos. A pessoa estomizada, seja definitiva ou temporariamente, necessitará dos bons cuidados e orientações de um ET para aprender a lidar com seu novo corpo. Isso inclui a manipulação da estomia, os cuidados com a pele, familiarização com os equipamentos coletores, reforço na orientações sobre a nutrição, a vida social e íntima, acolhimento emocional, entre outros. Um ET, usando seu saber em educação em saúde e sua sensibilidade e empatia, ajuda a pessoa com estomia a assumir seu autocuidado, a fim de alcançar a melhor reabilitação possível. Assumir o autocuidado é imperativo para devolver a autonomia e o controle de próprio corpo.

A atividade de um ET já deve ser iniciada antes mesmo da cirurgia, orientando, tirando as dúvidas do paciente e realizando a demarcação do estoma, para que o cirurgião possa implantar no melhor lugar possível. Isso será fundamental para a segurança posterior do paciente, além de mais economia de recursos financeiros, sendo um direito daquele e um dever do médico e do ET. Lamentavelmente, essa prática tem sido muito negligenciada em nosso país. Eu nunca recebi um cliente que tenha me referido ter sido demarcado no pré-operatório. Há 19 anos eu faço a mesma pergunta, e a resposta tem sido a mesma: Não sabe. E claro que o paciente lembraria porque esse é um procedimento no qual o paciente participa ativamente.

Enfim, um ET será sempre um grande aliado de um paciente estomizado e com ele permanecerá em toda a sua trajetória, tendo mais ou menos necessidade de cuidados. Se você está lendo essa matéria e não conheceu um ET ainda, não hesite em econtrá-lo. Talvez você esteja fazendo rituais com seu estoma que não são as melhores práticas de cuidados. Há vários pelo Brasil. Também não deixe de procurar uma associação de estomizados e encontrar pessoas que possam enriquecer sua experiência.

Um olhar ao psiquismo

Embora a estomia seja o que possibilite manter a vida, não há dúvidas que a pessoa sofre alteração na sua imagem corporal, pois a anatomia e função estão modificadas e, portanto, precisará ressignificar esse corpo e integrar essa experiência no seu psique-soma. Dessa ressignifação dependerá a melhor adpatação da pessoa à nova condição corporal, especialmente se definitiva.

Verifica-se que quanto mais jovem a pessoa e maior peso do corpo, mais alteração na imagem corporal pode ser encontrada, sendo os homens os mais afetados. Na primeira condição, isso se dá pelo fato das pessoas mais jovens terem mais preocupação com sua aparência e estarem mais ativas na vida social e sexual. Já quanto a obesidade, a dificuldade está em ajustar as vestimentas6. Nessa questão da obesidade, destaca-se outra dificuldade que as Estomaterapeutas têm para adequar os equipamentos coletores, e também o fato dessas pessoas correrem sempre riscos das suas bases se solteram da pele e haver estravazamento do conteúdo fecal, causando-lhes enorme, constrangimento, pricipalmente se ocorrer em ambientes públicos. Para isso se faz necessária a demarcação do sítio do estoma, conforme referido acima. Mas, por vezes, os pacientes e seus familiares estão emocionalmente tão invadidos pela notícia do câncer, que as demais questões ficam secundárias. Considero que cabe aos profissionais o cuidar de cada detalhe do presente, a fim de diminuir os problemas adiante.

A depressão e a ansiedade podem se fazer presentes nesses pacientes6, necessitando atenção psicológica e por vezes psicoterapia. Diante disso, é importante que os profissionais mais próximos dessas pessoas, como médicos e enfermeiros, percebam as necessidades emocionais dos pacientes e os referendem para os psicológos ou psicanalistas. O melhor é que isso fosse feito já no pré-operatório. Todavia, há sempre um dose de preconceito da população em geral de realizar terapia individual ou mesmo em grupo. Assim sendo, por vezes grupos de acolhimento podem ser úteis e bem mais aceitos. Indubitavelmente, que se um profissional da área psi estivesse mais próximo dos seres humanos quando nessa ou em outras necessidades da vida, o enfrentamento dos problemas poderiam ser mais facilmente resolvidos ou minimizados. Os pacientes poderiam se tornar mais empoderados para o enfrentamento das vicissitudes.

 

O Setembro verde

Diante no exposto, considero que essas são boas razões para mais divulgação nas mídias a respeito do câncer colorretal. Assim, viva o setembro verde. Pode ser verde de verdura, vegetais, mas, também, verde de esperança em mudança no estilo de vida da população e com ela vislumbrar-se a redução da ocorrência de uma doença que tem potencial para ser prevenido.

Invista na sua saúde. Alimente-se bem e evacue bem também, pois a alimentação rica em fibras, a ingestão de líquidos, compatível ao peso corporal, e a evacuação das fezes, em posição correta, poderão ser aliadas na prevenção desse câncer. Desse modo, uma estomia pode ser evitada e a imagem de seu corpo ser mantida do modo como veio ao mundo, com cada órgão no seu lugar. Mas, se você já tem uma estomia devido ao CC ou por outra razão, aceite a vida recebida e viva-a em toda sua plenitude, ressignificando sua existência num corpo com uma modificação que não incapacita o viver.

Colabore com a campanha. Compartilhe!

Dra Beatriz Farias Alves Yamada – PhD, Ms
Estomaterapeuta – COREN-SP 49.517
Psicóloga clínica – CRP 06/126735

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Referências citadas

1.Nakagawa-Senda H, Yamaguchi M, Matsuda T, Koide K, Kondo Y, Tanaka H, Ito H. Cancer Prevalence in Aichi, Japan for 2012: Estimates Based on Incidence and Survival Data from Population-Based Cancer Registries. Asian Pac J Cancer Prev. 2017 Aug 27;18(8):2151-2156.
2. Zheng R, Zeng H, Zhang S, Chen W. Estimates of cancer incidence and mortality in China, 2013. Chin J Cancer. 2017 Aug 17;36(1):66.
3. Troeung L, Sodhi-Berry N , Martini A, Malacova E, Ee H, O’Leary P, Lansdorp-Vogelaar I, Preen DB. Increasing Incidence of Colorectal Cancer in Adolescents and Young Adults Aged 15-39 Years in Western Australia 1982-2007: Examination of Colonoscopy History. Front Public Health. 2017 Jul 24;5:179. doi: 10.3389/fpubh.2017.00179. eCollection 2017.
4. Oliveira RC, Rêgo MA. MORTALITY RISK OF COLORECTAL CANCER IN BRAZIL FROM 1980 TO 2013. Arq Gastroenterol. 2016 Apr-Jun;53(2):76-83.
5. Angelo SN, Lourenço GJ, Magro DO, Nascimento H, Oliveira RA, Leal RF, Ayrizono Mde L, Fagundes JJ, Coy CS, Lima CS. Dietary risk factors for colorectal cancer in Brazil: a case control study. Nutr J. 2016 Feb 27;15:20.
6. Jayarajah U, Samarasekera DN. Psychological Adaptation to Alteration of Body Image among Stoma Patients: A Descriptive Study. Indian J Psychol Med. 2017 Jan-Feb;39(1):63-68.

Fonte da foto destacada: google imagens

52º Curso de Desbridamento

Hoje, celebramos a 52ª edição do nosso curso de limpeza e desbridamento de feridas.

A cada edição soma-se um pouco mais de experiência clínica e de vida.

Tenho me empenhado mais na área de Prevenção. Mas amo esse curso, porque possibilita aos enfermeiros contribuirem para o reparação das feridas e dos feridos.

Gostei muito dessa turma animada e desejosa de aprender. Quanta lacuna temos na formação especializada! De onde eles vieram não existem especialistas na área. Me alegro de poder ajudar outros profissionais a crescerem. Tenho feito isso sem parar desde 1998.

Eu espero que esses colegas um dia possam ser um especialistas também e que lutem pela saúde da pele.

 

Valeu turma!

 

Nosso Centro de Estudos foi um tributo à admirável Norma Gill

O Centro de Estudos Norma Gill, um serviço da empresa Enfmedic Saúde, foi fundado no ano 2000 visando promover cursos, palestras e pesquisas. Ao longo desse tempo, vem promovendo atividades que colaboraram e continuam colaborando com o aprimoramento de centenas de profissionais e estudantes interessados nos temas úteis para a prática clínica da estomaterapia, entre estes: desbridamento de feridas; podiatria; laser de baixa intensidade e diferentes temáticas no universo dos cuidados especializados com feridas cutâneas e a pele.

Atualmente, nossa ênfase tem sido no curso de capacitação em podiatria clínica, já em sua XXXI edição, bem como a fotobiomodulação com laser e led, fundamental para a prática em podiatria clínica.

Depois que terminar de ler esse texto, clique no link pra conhecer nossos cursos: Cursos IBYamada

Em breve essa nomeação do nosso centro como ‘Norma Gill’ ficará na história da nossa empresa, devido termos assumido uma nova identidade. Todavia, como se aproxima o dia que Norma nasceu, não posso deixar passar em branco um tributo pessoal a essa super mulher, falecida em 25 de outubro de 1998.

Uma breve história de Norma

Norma Gill nasceu dia 26 de junho de 1920, nos Estados Unidos da América, sendo quase impossível esquecer a data do nascimento dela, pois coincide com uma data especial para mim, meu casamento. Assim, sem qualquer planejamento, nossas vidas se cruzaram e eu me indentifiquei profundamente com a causa que ela militava e, por isso, me elegi sua discípula. Mas, para que ela fosse lembrada sempre, em minha gestão como presidente da SOBEST, criamos a Semana Nacional de Estomaterapia nos dias 25 a 31 de outubro. Pela impossibilidade de ajustar pelo nascimento, fizemos pela data de seu falecimento. Já o dia 31, foi em homenagem ao aniversário de outra pessoa precussora da educação em estomaterapia no Brasil, a profa Vera Santos (EEUSP). Digamos que foi a feliz coincidência poder homenagear duas pessoas importantes na minha vida, a mentora de todos os ETs do mundo (Norma) e a minha mentora no Brasil (Vera). Então, a semana poderia ser chamada de Norma-Vera.

Norma Gill foi a precursora da estomaterapia mundial. Uma vibrante mulher, com capacidade ímpar de impressionar, criar e dividir. Sua visão, muito além do seu tempo, possibilitou a criação da estomaterapia, uma especialidade fenomenal e encantadora, assim vista por aqueles que fazem parte dela, presente em todos os continentes, muito embora não esteja em todos os países.

Um vislumbre sobre a estomaterapia

O surgimento da especialidade naturalmente exigiu a criação de entidades que a representasse. Internacionalmente, há o World Council of Enterostomal Therapist – WCET, fundado em 1978, e, nacionalmente, a Associação Brasileira de Estomaterapia – SOBEST, fundada em 1992. Ambas militam com muito ardor e amor, vislumbrando o crescimento da especialidade de maneira sólida e ética.

No Brasil, a educação em estomaterapia tem crescido gradualmente desde sua implantação formal, em 1990, na Escola de Enfermagem da USP, envolvendo desde sua fundação as áreas de estomias, feridas, incontinências e outros temas. Nos dias atuais, existem vários cursos de especializações, localizados em estados das regiões sudeste, sul, nordeste e norte (vide escolas no site), e que, certamente, ainda são insuficientes para atender a demanda que o país possui. Contudo, similarmente a reparação tecidual, cuja proliferação celular é feita de forma temporal e organizada, a construção da especialidade deve ser pautada nos mesmos critérios. Devagar que tenho pressa.

Um pouca da minha contribuição na especialização em estomaterapia

Ao longo de minha vida profissional em estomaterapia (desde 1998), segui nos passos de Norma Gill, que almejava que todas as pessoas com estomias, feridas e incontinências pudessem ser assisitidas por um profissional estomaterapeuta. Mas, para queb isro seja alcançado precisaria investirmento em educação lato senso. Assim, não medi esforço para fazer disso um ideal a ser vivido e espalhado pelo país. Esse dever me impulsionou a ir ao amazonas fundar, juntamente com a colega Selma Perdomo, o I curso de especalização em estomaterapia (2008) no norte do Brasil, no qual ezessete alunos foram formados.

Atualmente o curso é coordenado por um ex aluno (Nilson Bezerra), que agora é professor na mesma universidade (Universidade do Estado do Amazonas). Sementes plantadas, frutos colhidos.

Meu tributo final

Assim, depois desse reviver histórico, é com muita gratidão que deixo meu tributo, outra vez, a esse ser especial – que nunca tive o privilégio de conhecer pessoalmente – que por identificação pude incorporar seus sonhos como meus sonhos.

Mais uma vez deixo escrito: Rest in Peace, Norma. Seus discípulos estão semeando e colhendo muitos frutos. Cada vez mais há pessoas envolvidas com essa área, que podemos muito bem chamar de: um caso pessoal de paixão.

Se você gostou dessa história, não deixe de compartilhar. Ainda é uma área que precisa ser promovida pelo bem daqueles que necessitam de cuidados devido a estomias, feridas ou incontinências.

Deixem também seu comentário.

Dra Bratriz F Alves Yamada – PhD, MSN
Estomaterapeuta, Psicoterapeuta

I Curso on-line de fotobiomodulação aplicado a lesões de pele e Podiatria

Há mais de dez anos nossa empresa tem sido pioneira na realização de cursos de laserterapia, tendo sempre como público alvo os profissionais de saúde que atuam com tratamento de lesões de pele, especialmente os enfermeiros.

Nosso modelo de curso tem um foco definido: reparação tecidual com todas a suas peculiaridades.

Como a avanço das tecnologias, nasce o LED com o mesmo propósito do LASER, todavia com custo menor. Assim sendo, houve a necessidade adequar o nome para abranger as tecnologias destinadas a esse fim, sendo o termo Fotobiomodulação o eleito. Esse termo é abrangente não apenas para incluir as tecnologias duras, mas também todas as aplicações terapêuticas com uso da luz.

Cada vez mais, o enfermeiro tem tido a necessidade de realizar sua qualificação nessa área, especialmente para cumprir os pareceres éticos do Conselho de Enfermagem. Mas, há limitação do profissional para acessar o conhecimento, devido a existência de poucos cursos no país.

Atendendo a pedidos e pensando em preencher essa lacuna, além do nosso curso presencial, passaremos a realizar cursos on line, mas em tempo real, tal como uma sala de aula, usand0-se de tecnologias de teleconferência.

Graças ao avanço das tecnologias, poderemos colaborar, como sempre, com o desenvolvimento dos profissionais. Dessa vez não somente no Brasil, mas a todos os que falam a língua portuguesa interessados no tema.

Outros cursos serão realizados com o mesmo objetivo.

O curso já está disponível para realização de inscrições na loja virtual do Centro de Estudo Norma Gill: http://www.cenormagill.com.br

Micose de unhas – tratamento com laser

Este texto é destinado ao público não profissional de saúde


Quero escrever sobre um problema que atendo todos os dias em meu consultório e que afeta muitas pessoas, especialmente as idosas, as com a imunidade baixa, diabéticas, entre outras.

É aquele tipo de situação que causa chateação e comprometimento da autoestima, pela vergonha de ter a unha escura, espessada, descolada e de aparência feia. Isso se chama na linguagem médica: ONICOMICOSE, e popularmente fungo nas unhas.

A onicomicose é uma infecção de difícil tratamento, especialmente nas unhas dos pés.

Como vivemos grande parte de nosso dia com calçados fechados, esse ambiente escuro, quentinho e úmido reúne condições facilitadoras e “aconchegantes” para o tal funguinho se desenvolver e viver. Esse ambiente, acolhedor para o fungo, dificulta os tratamentos.

Portanto, tratar fungos nas unhas exige muita paciência e persistência, porque é muito demorado para exterminá-los. Além disso, as unhas dos pés crescem mais lentamente e, por vezes, o fungo acomete toda a lâmina.

Os médicos são cautelosos em usar medicamentos via oral devido aos riscos de afetar o fígado. O uso de esmalte antifúngico é muito prescrito, mas a resposta também é difícil.

A terapia fotodinâmica (TFD) é um dos tratamentos usados sem efeitos adversos. É uma terapia que usa a luz vermelha de LASER ou LED associada a um corante, geralmente azul de metileno a 2%. Essa associação produz uma reação que é tóxica para o fungo. Todavia, é necessário que seja feita com frequência para ser mais efetiva (ideal que seja pelo menos semanalmente). É possível fazer em casa com uso de um dispositivo de LED (precisa da indicação profissional).

A TFD pode ser usada com ou sem uso de medicamentos sistêmicos. É altamente indicada quando a prescrição de medicamentos não é favorável.

Cuidados com os calçados e higiene dos pés são fundamentais para a efetividade do tratamento.

Embora esteja dando ênfase às unhas dos pés, as mãos não estão livres de serem acometidas. E o tratamento responde mais rapidamente.


Relato de cliente.

Embora tenha o consentimento dela, irei preferir manter sua identidade.
“Há 10 anos, mais ou menos, uma micose de unha me acompanhava”. “Foram muitos anos de tratamentos, remédios, limpeza e sem usar sandálias. Como gosto de verão, ficava com os pés sempre cobertos”. ‘Depois que iniciei o tratamento com a Dra Beatriz, tudo mudou”. Ela me disse que em 1 ano eu estaria curada. E sem remédios. Aceitei o desafio e quase um ano depois as unhas estão curadas e lindas”. Hoje, eu uso sandálias e posso expor os meus pés tranquilamente. Não sinto mais vergonha que tinha antes”.
Agradeço a Dra Beatriz pela força e incentivo para eu ficar curada”.


Se você tem fungos nas unhas, não hesite em tratar e resgatar a saúde e a beleza de seus pés ou mãos.

Procure um enfermeiro que atue na Podiatria.

Dra. Beatriz F Alves Yamada – PhD, MSN
Enf.ª Estomaterapeuta

No nosso instituto, oferecemos este tratamento, bem como curso para profissionais enfermeiros.

Para agendar uma consulta, enviar uma mensagem via WhatsAap: 11 99609 4381

III SIMPELE e I Colóquio Internacional de Prevenção

Faltam dois dias para a realização do III SIMPELE. Um simpósio nacional que se propõe a discutir sobre as peculiaridades da fisiologia do manto protetor visando estabelecer cuidados que previnam a ocorrência de lesões.

Nessa edição, teremos o I Colóquio de Prevenção.

A  nossa temática se relaciona a um questionamento. “O que fazer quando a prática carece de evidências científicas’? .

Gostamos de inovar e trazer temáticas que despertem no mais íntimo dos profissionais o desejo de envolver-se e desenvolver cuidados que preservem a integridade do manto protetor.

Contamos com excelentes palestrantes, da prata da casa à nossa  convidada internacional, a Enfa ET Louise Lalande – Do Canadá.

Minha gratidão a parceria com a Luciene, CEO da Expansão Eventos, que com  seu dinamismo e brilhantismos consegue transformar sonhos em realidade. As empresas apoiadores do evento que apostam na prevenção; ao time de palestrantes que nos brindam com sua experiência; as colegas da comissão científica que nos apoiam e nos ajudam nas buscas pelas soluções e a todos aqueles que divulgaram nosso evento e torcem pelo SIMPELE.

Nosso desejo é que esse encontro possibilite, além de trocas de experiências, momentos de reflexão e aprendizado, bem estar e satisfação. Mas, acima de tudo, um profundo envolvimento com a prevenção de lesões e agravos à pele.
Sejam bem vindos ao SimPele 2017.

Dra Beatriz Yamada

Coordenadora Científica
Idealizadora do SIMPELE